sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ser amigo é...

Raísa e Livia na praia paraiso - PE  26/6/2010
Andar junto, mesmo que distante.
É ser legal, jamais superficial.
Dizer o que pensa, sem ofensa.
Calar para ouvir, sem intervir.
Falar sem rodeio, sem receio.
Guardar o segredo,
secar o pranto, dar o ombro.
Estar para o que der e vier,
é jamais abandonar.
É ser alguém com quem sempre
se pode contar.
Ser amigo, afinal, é ser
Especial...

(Autor desconhecido)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Aprendi e decidi

E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar...
Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.
Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.
Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.
Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.
Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.
Naquele dia descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.
Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tivesse sido.
Deixei de me importar com quem ganha ou perde.
Agora me importa simplesmente saber melhor o que fazer.
Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir
Aprendi que o melhor triunfo

é poder chamar alguém de"amigo".
Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento, "o amor é uma filosofia de vida".
Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser uma tênue luz no presente.
Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais.
Naquele dia, decidi trocar tantas coisas...
Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornar-se realidade.
E desde aquele dia já não durmo para descansar...
Simplesmente durmo para sonhar.

(Walt Disney)


Sr. Luiz, homem simples e transparente. O texto tem a ver com ele! Dedica seus dias confeccionando gorros de crochês e mantas de retalhos para destribuir com os moradores de rua...
Um exemplo a ser seguido!

Fenearte - PE 2010

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Surpresa


Parque da Jaqueira - PE 2009
sentas sobre mim os olhos quietos,
a cara crivada de perguntas,
e na calma esperas
que eu te diga a verdade dos humanos
não tenho nas mãos a verdade.
a verdade sobe delirante
pelos elevadores da megalópole,
pela megalomania dos loucos,
e foge de nós.
tenho nas mãos a angústia,
alguma lucidez reservada,
e agarrada na face a surpresa cotidiana
do homem: sua grandeza impensável,
sua insuportável pequenez.

(Sílvia Chueire)

domingo, 22 de agosto de 2010

Tenho medos

Parque da Jaqueira - PE 2009
Tenho medos,
De querer soltar meus sons
Gritar bem alto pro mundo
Romper com este afogamento de sonhos
Abraçar só que a vida tem pra me dar
E voar...
Tenho medos,
De não querer mais contar as horas
De dores para suportar
Quero um chão seguro para sentar
Deixar cair livremente minhas lágrimas
E meu coração lavar...
Tenho medos,
De ter que implorar a um irmão de alma
Para comigo caminhar
Com passos suaves
Esperando não o paraíso encontrar
Mas um motivo ter para brindar

(Aurea Abensur)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Os teus pés




Quando não te posso contemplar
Contemplo os teus pés.
Teus pés de osso arqueado,
Teus pequenos pés duros,
Eu sei que te sustentam
E que teu doce peso
Sobre eles se ergue.
Tua cintura e teus seios,
A duplicada púrpura
Dos teus mamilos,
A caixa dos teus olhos
Que há pouco levantaram vôo,
A larga boca de fruta,
Tua rubra cabeleira,
Pequena torre minha.
Mas se amo os teus pés
É só porque andaram
Sobre a terra e sobre
O vento e sobre a água,
Até me encontrarem.

(Pablo Neruda)

A fotografia...

A arte de pintar com luz...
Também é a maquina do "tempo" pela forma que nos leva ao passado
É o veículo mais rápido, uma imagem nos leva a um lugar
É um detonador de emoções
É a explosão da cor ou a síntese do branco e preto
Nos mostra um passado bem distante
nos conta uma história
Há expressão e emoção em uma imagem
Nos diz algo
É um instante de tempo congelado
Nos mostra movimento, emoção
Nos conta uma história ou nos transmite uma ação...
(autoria desconhecida)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Para quem sente as flores

Ora direis ouvir as flores.

Ora direis sentir nas cores,
Borboleantes belezas,
Recriando as certezas
De que as flores são obras
Nascentes de nossas sobras.
Dos anos que se perderam,
Dos ramos que se fenderam,
Dos passos que aqui passaram,
Das vidas que se amaram,
Do canto, da juventude,
Da prece e da virtude.
Ora direis ouvir as flores.
Ora direis sentir amores,
Em ventos de primavera,
Em sonhos de nova era,
Na chuva, na noite fria
No viajor que seria
O amigo na solidão,
Trazendo afagos na mão.
Na nuvem branca que passa,
No velho banco da praça
Que sempre serviu de braço
Ao apoiar teu cansaço.
Ora direis ouvir as flores.
Ora direis sentir as dores
No peito do abandonado,
No ventre do esfomeado,
Na casa debaixo d'água,
No fundo daquela mágoa
Que se conhece ao olhar
A lágrima que faz molhar
Os olhos da mãe sofrida
De filha, pobre perdida,
Pela voragem da sorte,
Cobrando a conta da morte.
Ora direis ouvir as flores.
Ora direis sentir odores,
Por toda a natureza.
Por toda essa certeza
Assim creio se faça,
Da tua vida a taça
De um tão puro vinho
Que ao bebê-lo sozinho,
Verei a vida sorrindo
E mesmo quando for indo
Da vida para o universo
Serei cantor deste verso.
Ora direis somos estrelas.
... E como espero
Por sê-las.

(Paulo Rogério Della Mea )

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A difícil arte da fé

                                               Igreja São Francisco, João Pessoa - Paraíba

Ter fé é banir da vida o “e se?” e caminhar
com a cabeça erguida, sem olhar para trás
e nem para os lados;
é ter a convicção de que aconteçao que acontecer, o objetivo será atingido.
Há quem pense que ter fé é se
jogar num buraco escuro, sem
saber o que o espera embaixo;
mas é exatamente o contrário.
Quem tem fé se joga no buraco escuro sim,
mas ele sabe, através dos olhos espirituais,
o que o espera e não duvida disso;
ele constrói sua arca com a certeza
que a chuva virá; ele abre os olhos
para a promessa e fecha os ouvidos
para os que tentam fazê-lo desistir
com dúvidas; ele anda sobre as
águas e sente terra firme sob os pés;
ele vê saídas e continua a
caminhar onde outros desistiram.
Temos fé quando temos a certeza
absoluta que não estamos sós.
Sabemos que uma Mão nos guia,
Braços nos esperam e isso nos reconforta.
Perdemos bênçãos por que no meio
do caminho, principalmente se este
for longo, começamos a questionar.
Mas não é fácil pra ninguém manter-se
em posição de fé quando tudo
parece contrário ao que se espera...

(Letícia Thompson)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Segredo Secreto

Sabes?
Alguém perguntou quem eras?
Disse:
Que és meu segredo secreto,
Meu amor suave e discreto,
Escondido em dobras de saias,
Perdido entre damas e aias,
Correndo por vales e montes,
Marcando meus horizontes.
Sabes?
Alguém perguntou quem eras?
Disse:
Que és meu sonho de novas eras,
Um verão novo, um novo vento,
Novas águas, um pensamento
Longinquamente tão perto
Que ao se olhar, por certo,
Se verá somente deserto.
Sabes?
Alguém perguntou quem eras?
Disse:
Que estavas escondida,
Tão junto da minha vida
Que por mais que se murmure,
Por mais que se procure
Por ti, teu vulto ou teu nome,
És neblina branca que some.
Sabes?
Alguém perguntou quem eras?
Disse:
Que és nada, porém és tudo.
Disse eras meu Segredo Secreto,
Meu amor suave e discreto.
Meu encanto! Um canto tão mudo
Que ninguém terá ouvidos
Para nossos sonhos coloridos

(Paulo Rogério Della Mea )

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Pedaços de mim

Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos
Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão
Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci
Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante
Já Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas
Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar
Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei
Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.

(Martha Medeiros)

domingo, 8 de agosto de 2010

Quando o inverno chegar


Quando o inverno chegar,
Levar-te-ei à montanha
Vou te propor luta estranha.
Quando o inverno chegar,
Vou acender a lareira
Acalorar nossa beira.
Quando o inverno chegar,
Este sonho eu pressinto,
Vamos beber vinho tinto,
Quando o inverno chegar,
Vou levar queijos finos,
Vou tocar os meus sinos.
Quando o inverno chegar,
Vamos deitar no tapete,
Vou te fazer meu joguete.
Quando o inverno chegar.
Vamos sonhar com calores,
Vamos falar com as flores,
Vou tingir-te de cores
E matar minhas dores.
Quando o inverno chegar.
Vamos ficar
Perdidos,
Enlevados,
Sumidos,
Encantados.
Quando o inverno chegar,
Estaremos no fundo da alma,
Com todo o jeito da calma.
Estaremos cobertos de flores,
Seremos os nossos amores
Infinitos,
Completos,
Bonitos
E repletos.
Quando o inverno chegar,
Só vou querer te amar
(Paulo Rogério Della Mea)

sábado, 7 de agosto de 2010

Meu Pai, Meu Herói

Quando desejei fugir dos compromissos
que se apresentavam,
você me falou de responsabilidade...
Quando pensei em mentir para um amigo,
você me falou de fidelidade...
Quando senti em minha alma os açoites
dos primeiros vendavais, você me falou de flexibilidade,
e aprendi a me dobrar para não quebrar,
como o pequeno ramo verde faz diante dos golpes do vento.
Quando você pressentiu em meu olhar
a insinuação da vingança,
me falou do perdão...
Quando desejei salvar o mundo,
nos ardentes dias da juventude,
você me ensinou a moderação e o bom senso.
Quando quis me submeter aos modismos do grupo,
você me falou de liberdade.
Quando me iludi, pensando que o mundo era meu,
você me falou do Criador do Universo...
Assim, meu pai, desejo dizer que você
sempre foi meu herói,
meu amigo, meu grande mestre,
meu companheiro de caminhada...
Você foi firme, quando era de firmeza que eu precisava...
Foi terno, quando era de ternura que eu necessitava...
Foi lúcido, quando era de lucidez que eu precisava...
Quando eu cheguei a este mundo,
não sabia ao certo o que estava fazendo aqui,
até que percebi que havia alguém
para me orientar na jornada...
Hoje, bem, hoje eu sei claramente o que estou fazendo aqui,
porque você, meu pai, fez mais que apenas me orientar,
você caminhou ao meu lado muitas vezes,
me seguiu de perto outras tantas,
e andou à minha frente muitas outras,
deixando rastros de luz,
como diretrizes seguras que eu pudesse seguir.
Hoje eu sei muito bem o papel que me
cabe na construção de um mundo melhor,
porque isso eu aprendi com você,
meu grande e admirado amigo...
E quando eu vejo tantos jovens perdidos,
sem rumo e sem esperança,
vagando entre a violência e a morte,
eu peço a Deus por eles,
porque é bem possível que não tenham
tido a felicidade de ter um pai como você...
E peço a Deus por você, papai, meu grande amigo.

(Fonte: Momento Espirita(www.momento.com.br)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Elos Partidos


Elos partidos,
Corrente partida,
Pedaços de vida
Sem alma,
Sem cor!
Cósmica poeira
sem rumo,
sem meta;
ponta de seta
indicando contra-mão.
Elos rompidos,
Desfeita a corrente,
dois pedaços de gente
à procura de um eu,
perdido no tempo...
No tempo!
Estrelas cadentes,
Universo gigante,
Cometa inconstante
em rota frontal.
Elos rompidos,
Corrente partida,
Início de vida...
Ou final?!

Publicado no site: O Melhor da Web em 18/07/2009

Código do Texto: 33836

Prestes a voar

Na tarde violeta
E violenta
Você gelou o meu olhar.
Era num cruzamento
Fazia tempo,
Te perguntei:
"O que que há?"
Você me disse apenas:
"Fui ao inferno,
Tudo pra não te procurar"
Eu me senti num beco
E disse a seco:
"Como é que não te vi por lá?"
Eu já quis morrer,
Eu já quis matar
Tudo por alguém
Que não sabe amar.
Eu analiso tudo
E me pergunto:
"Quero a verdade
Ou quero amar?"
À beira do abismo,
Queira ou não queira,
Estamos prestes a voar...

(Marina Lima)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Tear Poético

Nas tramas dos fios,
Tecer o desafio
E esconder-se em
Cálido horizonte
Pálido.

Nas tramas dos fios,
O vazio tem forma
E não se conforma
Com o silêncio.

Nas tramas dos fios,
Gestação criativa
Em eterno cio.

(Karla Bardanza)

domingo, 1 de agosto de 2010

Soneto 17

Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.
Ás vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.
Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:
Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.

William Shakespeare